X

Diário de Estudante de Medicina: Terminei o 5º ano da Faculdade!!

2017 Best Nine Instagram

Olá, amigos!! Esse ano de 2017 foi super especial para mim, afinal conclui o penúltimo ano na faculdade de Medicina! E hoje vou fazer um post resumo como já é clássico aqui no meu Blog!!

Quem me acompanha há um tempo sabe que nos últimos dois anos do curso de Medicina nós vivemos o Internato!! Essa é uma fase muito gostosa porque é a nossa iniciação na prática médica de verdade, com muito mais responsabilidades (pacientes que ficam conosco, damos vários plantões, participamos de procedimentos médicos e até auxiliamos em cirurgias). E com tudo isso, o aprendizado e as experiências que tive nesse ano foram incontáveis.

2017 Best Nine Instagram

Resumo dos Estágios que passei

Durante o Internato, rodamos em alguns estágios nos quais ficamos por mais ou menos um mês. Durante o 5º ano de Medicina aqui na USP, eu passei por 13 estágios práticos entre áreas clínicas (como Pediatria, Clínica Geral e Especialidades, Infectologia, Psiquiatria), áreas cirúrgicas (como Cirurgia Geral e Cirurgia do Aparelho digestivo) e claro as áreas mistas (Ginecologia e Obstetrícia, Otorrino e Oftalmo, Dermatologia).

Na maioria dos estágios, nós eramos inseridos na rotina de atendimentos, ou seja, participamos ativamente do serviço. Por exemplo, em áreas que tem Enfermaria, nós internos fazemos as evoluções dos pacientes – ou seja, todos os dias passamos para avaliar como o paciente internado está, examinamos, vemos as queixas novas, vemos exames feitos e acompanhamos todo o desenrolar do caso. Muitas vezes, conseguimos ver um paciente desde a internação até a alta, especialmente em cirurgias eletivas (não de emergência).

Outra atuação que tive nesse ano foi em Ambulatórios, ou seja, nas consultas de rotina de algumas especialidades. Em algumas, nós mais acompanhávamos, mas em outras (a maioria, ainda bem) nós fazíamos todo o atendimento sozinhos (anamnese e exame físico) e depois discutíamos com um médico chefe qual seria a conduta/receita/exames a serem pedidos, e daí então passávamos as explicações para o paciente. Foi muito bom ter essa autonomia maior e também essa confiança e responsabilidade, afinal em poucos meses estaremos formados e vamos precisar desse conhecimento prático e vivência.

Auxiliamos em cirurgias, com instrumentação, e também em partos, naturais ou cirúrgicos! Não tem emoção maior do que poder ajudar tantas pessoas, mesmo que apenas com algumas orientações, e também aprender com a ajuda delas. Os meus melhores aprendizados foram sem dúvidas no Hospital Universitário, um ambiente maravilhoso para ensino e também atendimento de qualidade – infelizmente ele está sendo cada vez menos interessante aos olhos do reitor da USP e do governador de São Paulo =(

Treinando Fundo de olho

Aprendizados mais marcantes

Não tem como descrever o quão bom é aprender na prática, atender pacientes em ambulatórios, atuar em pronto socorro e enfermarias… somos expostos a muitas doenças, situações de emergência, momentos de orientações e conversa… Tudo isso solidifica os conhecimentos que tivemos em aulas antes, afinal é totalmente diferente atender um paciente – ao vivo e em cores – que está com uma apendicite aguda, por exemplo, do que ler no livro qual o quadro clínico. Ter conhecido uma pessoa e visto sua história grava demais!!

Sem dúvidas, dei grandes saltos no meu conhecimento clínico (que era muito mais teórico até o 4º ano do curso) e o que valorizar mais num cenário prático . Pude experimentar muito a importância de uma boa comunicação médico-paciente-família, pois muitos dos conflitos, dúvidas e receios são capazes de serem resolvidos com uma comunicação efetiva. Muitas vezes com a pressa da rotina exaustiva, alguns profissionais não dão atenção a pequenas necessidades do paciente, como a de explicar muito bem a situação que ele está passando, explicar o que é a doença na linguagem dele/acessível, ter cuidado para que recomendações e orientações sejam claras e bem compreendidas e mais.

Durante esse meu penúltimo ano de estudante de medicina, tive muitas crises existenciais haha, mas acho que isso faz parte do amadurecimento e crescimento individual mesmo… Questionei minhas escolhas, decidi e mudei de ideia quanto a qual especialidade vou seguir depois de formada, tive momentos de estresse e cansaços que me fizeram duvidar se Medicina era mesmo para mim… Mas ao fim, eu percebi que não devo seguir um caminho que os outros definam que é o certo, passei a pensar mais em seguir o caminho que me fará mais feliz – por isso, tento ao máximo preservar minha qualidade de vida, dormir uma quantidade razoável sempre, ter momentos de lazer e não me matar de estudar.

Expectativas para o 6º Ano do Curso (meu último)

Ano que vem, 2018, será meu último ano na faculdade e com isso vem a prova para seguir a Especialização (a famosa prova de Residência)!! Sei que o caminho não será fácil e terei que me dedicar mais aos estudos, porém seguirei com uma mentalidade de ter uma vida feliz e balanceada… Para isso, já estou começando a fazer planejamentos e pensando em estratégias para gerenciamento de estresse (porque eu sofro muito com isso).

Mas com certeza estou muito empolgada por estar quase completando o curso e, em breve, atuar como médica – profissão que sempre admirei e desejei seguir. 

Espero que tenham gostado do post, talvez tenha ficado meio confuso haha mas a ideia geral era compartilhar mais esse passo dado, mais essa vitória que muitos de vocês já acompanham há tempos aqui no Blog!! 

Torçam por mim nessa nova fase de estudos <3 Comentem aqui no Blog o que vocês acharam do post ou se tiverem alguma dúvida sobre a faculdade de Medicina =)

Comente Via FaceBook

Comentários

Bianca: Sou estudante do 6º ano de Medicina na Faculdade de Medicina da USP, blogueira desde 2012 quando fazia Cursinho pré-vestibular. Também participo do Vlog Mediários, um canal do You tube!

Ver comentários (4)

On