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Transcrição de RNA – Fluxo Genético, Polimerases, Splicing Eucariotos

A informação genética das células esta codificada na seqüência de nucleotídeos de seu DNA, tanto nuclear quanto mitocondrial. O fluxo dessa informação genética se dá em sua expressão a qual é feita pela transcrição do DNA à RNA, formando os RNAs mensageiro, transportador e ribossomal. Tais RNAs vão para o citosol e direcionam a síntese de proteínas que são essenciais para a estrutura e o funcionamento das células.

Esse processo de fluxo genético envolve uma maquinaria complexa de enzimas, substratos e vias de reações e sinalizações. Hoje vou tentar explicar um pouco sobre como ocorre a Transcrição e sobre a Estrutura dos RNAs, confira abaixo um breve Resumo de Biologia Molecular….

O fluxo da informação genética nas células segue, portanto, uma rota do DNA para o RNA para a Proteína, o que é conhecido como o Dogma Central da Biologia Molecular…

A transcrição é uma das formas de leitura dos Genes, possibilitando uma amplificação da informação: um gene pode ser transcrito em vários RNA e cada um deles pode gerar cópias idênticas de proteínas.

Estrutura e Funcionamento da Enzima RNA Polimerase – Fonte: molecular Biology of The Cell

## Como ocorre esse Processo?? 

A transcrição tem inicio com a abertura e o desespiralamento de uma porção da dupla fita de DNA, isso expõe bases nitrogenadas que servirão de molde para o RNA – acido nucleico de fita simples, com bases nitrogenadas (uracila, guanina, citosina e adenina), pentose (ribose).

A enzima que catalisa esse processo é a RNA polimerase, em procariotos ela precisa se ligar a uma região chamada Promotor (possui uma seqüência de nucleotideos indicadora do ponto de inicio da transcrição), já em eucariotos ela precisa de fatores gerais de transcrição (TFIIA, TFIID).

A transcrição ocorre em um ciclo de reações descritas na figura abaixo, e envolve as fases de Identificação do gene; abertura da dupla fita; formação do Complexo iniciador de Transcrição; Elongamento da cadeia polinucleotídica; terminação.

Transcrição RNA – Fonte da Figura: Biologia Molecular (The Cell) de Alberts

 Ao final do processo, o mRNA é transportado do núcleo para o citoplasma através do Complexo do Poro Nuclear que os reconhece. O poro possui diferentes proteínas que se ligam a Cauda Poli-A, outras ao quede e proteínas que marcam RNAs que sofreram Splicing total.

 ## Características Gerais da Transcrição de RNA:

– A RNA polimerase não precisa de um Primer para iniciar a reação (como ocorre na Replicação de DNA);

– As ligações entre os nucleotídeos são chamadas de Fosfodiester;

– A Transcrição ocorre numa bolha (espaço entre as duas fitas de DNA);

– Unidade de Transcrição é a sequência de nucleotídeos entre os sítios de Iniciação e Terminação lida pela Rna Polimerase;

– O transcrito de RNA não permanece associado à fita molde de DNA

– Processo menos preciso que a replicação (incorporações de bases erradas 10^4);

– A transcrição do Rna ocorre no Sentido 5′ para 3′, usando um molde que está na direção 3′ para 5′.

Exportação de RNA do Núcleo para o Citoplasma

 ##Processamento do RNA em Eucariotos

Deixa o acido nucleico o mais estável o que facilita a exportação do RNA do núcleo para o citoplasma. Ocorre ainda durante a transcrição e consiste na adição de um Cap de proteção, na extremidade 5′, e de uma Causa Poli-A, na extremidade 3′.

Além disso, a maioria dos RNAs passa por uma etapa adicional de processamento antes de se tornarem funcionais, o Splicing. Nessa etapa, são retirados do RNA os trechos não codificadores, os íntrons.

Pequenas moléculas de RNAs nucleares (snRNAs) reconhecem os limite íntrons-éxons (por meio de pareamento de bases por complementaridade) e, associadas a proteínas, formam os snRNPs os quais geram os Splicepssomos.

Resumo do Splicing do RNA em Células Eucariontes (Figura do Livro Biologia Molecular da Célular)

Splicing Alternativo – os transcritos de diversos genes podem ser processados por Splicing sob diferentes formas, cada uma delas levando à produção de uma proteína distinta. Isso permite que diferentes proteínas sejam produzidas a partir do mesmo gene (60% dos genes humanos podem sofrer Splicing Alternativo), conferindo um certo grau de flexibilidade evolutiva.

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Bianca: Sou estudante do 6º ano de Medicina na Faculdade de Medicina da USP, blogueira desde 2012 quando fazia Cursinho pré-vestibular. Também participo do Vlog Mediários, um canal do You tube!
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