História e Evolução da Medicina Bianca
Doenças Infecciosas – Epidemiologia e Histórico de Controle
Hoje vou comentar com vocês sobre um assunto diferente aqui no Blog – Epidemiologia das princiapis causas Doenças causadoras de Morte no Mundo. Vou contar um pouco da História da evolução das doenças desde a Idade Média até a atualidade e quais condições que favoreceram o controle das Doenças infecciosas e o aparecimento das doenças crônicas.
Médicos na Idade Média tratando de Paciente com Peste Negra
Até as primeiras décadas do século XX as Doenças Infecciosas eram as principais causas de morte no mundo. Essas moléstias começaram com os primeiros aglomerados humanos, há mais de 11mil anos, e com a domesticação de animais. Após isso, os grandes impérios e seus deslocamentos em caravanas e exércitos contribuíram para a disseminação de agentes infecciosos – ao final da Idade Média houve uma das primeiras grandes epidemias, no caso a da Peste Bubônica.
Depois vieram as grandes navegações que permitiram a dispersão de doenças infecciosas nas Américas. Fica fácil de imaginar o porquê dessa situação tendo em mente as condições sanitárias da época e a densidade populacional em crescimento.
Importância do Saneamento Básico
Com o passar dos anos e do desenvolvimento científico essa situação melhorou, como exemplo disso houve a Revolução Pausteriana – trouxe um grande avanço no conhecimento sobre as doenças causadas por microorganismos, porém tal processo apesar de rápido não foi homogêneo, concentrou-se mais nos países já desenvolvidos e potências econômicas.
Ao fina do século XX e início do século XXI houve uma emergência de novas doenças infecciosas e também reemergência. Um pouco desse recrudescimento das doenças infecciosas nessa época se deveu a alguns fatores:
Resistência aos tratamentos com antibióticos;
Processo de urbanização acelerado em países subdesenvolvidos, como o Brasil que em 1970 teve como consequência de seus problemas de saneamento aumento da mortalidade infantil, principalmente por diarreia;
Aparecimento da epidemia do HIV;
Globalização e maior intercâmbio entre populações;
Mudanças climáticas que favoreceram determinados vetores;
Processo evolutivo dos microorganismos.
Hoje em dia, muitas das causas das moléstias infecciosas conseguem ser controladas com melhoria do saneamento básico, educação em saúde e campanhas vacinais, porém muitas dessas melhorias não atingem todas as populações igualmente.
Grafico: Boom populacional e queda da mortalidade infantil; Depois queda da taxa de natalidade e aumento da expectativa de vida
Dizemos que, assim como houve uma transição demográfica, houve também uma transição epidemiológica das causas de maior mortalidade no mundo. Isso é resultado de complexas mudanças no padrão de morbi-mortalidade e na persistencia de condições e doenças Crônicas, como Diabetes e Hipertensão arterial, que causam alterações que a longo prazo e levam à morte. Tal fato é reforçado pelo envelhecimento populacional e aumento da expectativa de vida que permitem que as pessoas sobrevivam e tenham acesso a tratamentos mais eficazes.
Para que ocorra essa mudança da História Natural da Doença (seu desfecho sem intervenção médica) é preciso que haja melhorias nos tratamentos, na Imunização (vacinas) e nas estratégias de controle do agente causador (se pode ser erradicado ou não, como conter seja avanço). Os desafios para que isso ocorra e seja efetivo são: desnutrição, escolaridade do país, perda progressiva do efeito imunizador das vacinas (queda progressiva de Anticorpos).
Espero que tenham gostado das informações do post, enviem suas dúvidas e comentários sobre o tema aqui no Blog ABC da Medicina!!
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