A Endometriose, também conhecida como a doença da mulher moderna, é destacada pelo estímulo estrogênico durante a menacme (período reprodutivo da mulher). Ela é caracterizada pela presença de tecido Endometrial (interno do útero que se prepara para receber a gravidez) fora da cavidade uterina. Este tecido endometrial passam a crescer no peritônio, em sacros e ovários, nas tubas uterinas e outros órgãos como intestino. A doença é classificada em três diferentes tipos: superficial ou peritoneal, ovariana e infiltrativa profunda.
* Causas e Por que é chamada de Doença da Mulher Moderna?
Muitos especialistas acreditam que a endometriose é encontrada mais freqüentemente em pacientes que nunca ficaram grávidas. Por esta razão, esta condição é algumas vezes chamada de “doença da mulher moderna”, porque as mulheres que trabalham fora de casa geralmente retardam a gravidez em alguns anos.
Também entra em cena outro grande vilão da atualidade: o estresse. Muitos estudos mostram que a tensão em excesso prejudica o funcionamento do sistema imunológico. Excesso de trabalho, ansiedade, alterações no sono, tendência genética e poluição também estão relacionados à doença. Nesse contexto desfavorável, o saldo é de cerca de 6 milhões de brasileiras sofrendo de endometriose, segundo Dr. Maurício Abrão.
* Sintomas e Exames para Diagnóstico
Os sintomas mais frequentes são dismenorréia, ou seja, cólica forte e progressiva no período menstrual; dispareunia, dor durante a relação sexual; infertilidade e alterações urinárias ou intestinais durante o período menstrual.
Segundo um especialista de Unidade de Endoscopia Ginecológica, Marcelo Antunes Chico, de 30 a 40% das mulheres com dor pélvica e infertilidade são diagnosticadas com Endometriose. Estima-se também que de 12 a 15 % em idade reprodutiva também.
O diagnóstico final é feito por vídeo Laparoscopia cirúrgica, sendo a forma mais eficaz porém invasiva. Há uma nova técnica em estudo que está apresentada no Resumo da figura acima – a Biópsia de Fibras Nervosas feita durante exame ginecológico e sem anestesia.
Exames periódicos e subsidiários como a ultrassonografia pélvica-transvaginal, o CA125 (sangue) e a ressonância nuclear magnética da pele, associados ao quadro clínico também são importantes na investigação da patologia.
* Dúvidas sobre Tratamentos
Existem dois tipos de tratamento. O Clínico com o bloqueio da menstruação através de hormônios, uso de antiinflamatórios, anticoncepcionais e analgésicos, os quais ajudam amenizar a dor, mas não curam a doença. E o Cirúrgico que visa eliminar os focos de endometriose.
A Endometriose não tem uma cura definida, mas as cirurgias mais modernas, que envolvem detalhes de conhecimento anatômico importantes, têm conseguido um alto índice de cura definitiva e a restauração da fertilidade.
Fatores como a ansiedade, estresse e depressão, proveniente de uma exaustiva jornada de trabalho dentro e fora de casa, típicas da mulher moderna agravam o quadro de saúda feminino, em especial a Endometriose. Assim, tratamentos alternativos que aliviem o estresse e melhoria da qualidade de vida e uma dieta balanceada por exemplo, ajudam a prevenir o surgimento ou o agravamento deste problema de saúde.
Comente Via FaceBook
Comentários