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Malária – Ciclo de Contaminação, Profilaxia, Sintomas e Tratamento

Hoje vou comentar sobre uma das doenças de grande impacto social no mundo, a Malária, confira um Resumo das principais características e sintomas da doença, seu ciclo de transmissão e os tratamentos existentes e os em desenvolvimento.

A Malária é uma parasitose de endemia tropical, causada por protozoários do gênero Plasmodium (que são classificados como esporozoários) os quais são transmitidos por um Vetor, a fêmea do mosquito-prego do gênero Anopheles. A doença é característica de regiões quentes, úmidas e com florestas, por exemplo na Amazônia no Brasil, pois o vetor é um mosquito típico dessas regiões.

Um problema frequente na atualidade é que com o avanço da urbanização sobre as florestas aumentaram-se os casos de contaminação, isso porque os mosquitos passam a ter maior contato com pessoas e viver em áreas de residências. Além disso, ocorrem também a resistência do mosquito e do protozoário aos inseticidas e medicamentos anti-inflamatórios, por isso é de suma importância a pesquisa e desenvolvimento de vacinas e medicamentos para tratar a doença.

O Mapa da OMS, Organização Mundial da Saúde, a seguir mostra a área de incidência da Malária no Mundo:

Malária no Mundo, fonte OMS 2004

A Malária é a doença infecciosa que mais provoca mortes no mundo. Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, ocorrem por ano 400 milhões de novos casos que resultam em 2 milhões de mortes. Sendo endêmica em cerca de 200 países.

Confira abaixo o Ciclo de Contaminação e Vida do Parasita Plamodium

Quando um Anopheles fêmea pica um ser humano e suga seu sangue, os plasmódios existentes em suas glândulas salivares, os chamados esporozoítos, caem na corrente sanguínea. Chegando no fígado, alojam-se nas unidades funcionais deste – as células chamadas Hepatócitos – e reproduzem-se assexuadamente por alguns dias, formando os Merozoítos. Nessa fase a doença é assintomática, mas quando os parasitas abandonam as células hepáticas caem na corrente sanguínea e infectam as Hemácias.

Nos glóbulos vermelhos, os merozoítos se reproduzem novamente assexuadamente – e por isso o Homem é seu hospedeiro Intermediário – rompem as hemácias e cem no sangue novamente infectando outras células, num ciclo regular. A ruptura das hemácias e a consequente liberação de toxinas no plasma produz intenso mal estar e febre alta.

Assim, os Sintomas da Malária são febre e calafrios, na chamada “tremedeira”. Em casos graves ocorrem icterícia, insuficiência renal, alterações na coagulação e coma.

O Ciclo do Plasmodium se completa quando o sangue da pessoa é sugado por um mosquito-prego não infectado, que suga os gametas do protozoário que se unem no tubo digestório do mosquito – reprodução sexuada e por isso ele é o hospedeiro definitivo. No seu estômago ainda acontece uma reprodução assexuada e os parasitas resultantes, os esporozoítos migram para as glândulas salivares do inseto de onde irão para a corrente sanguínea do próximo indivíduo picado.

Profilaxia, Tratamentos e Vacina

A Profilaxia consiste na eliminação do vetor, o mosquito, por inseticidas ou eliminar seus focos de reprodução como pneus e vasos com água acumulada. Deve-se ainda evitar o contato com o inseto, através do uso de telas (mosquiteiros) em cabanas, na janelas e cama.

Quando a pessoa é diagnosticada coma doença logo no início há tratamento e cura com remédios anti-inflamatórios e outros. Caso contrário, pode haver comprometimento da circulação, que dependendo do órgão que atinge é fatal.

Notícias e Novidades sobre a Vacina contra a Malária

Cientistas acreditam que a melhor alternativa para o controle da Malária é a prevenção, por isso laboratórios de pesquisa e biotecnologia vem investindo e buscando novas alternativas, entre elas: o desenvolvimento de uma Vacina que seja eficiente nas várias fases da doença; obtenção de mosquitos geneticamente modificados que não transmitam a doença e outros.

Em 2011. o New England Journal of Medicine anunciou que uma Vacina contra o P. falciparum já estava em fase de testes finais e que em três anos estaria no mercado farmacêutico. Veja um trecho do artigo publicado sobre a Vacina:

The RTS,S/AS01 Plasmodium falciparum malaria vaccine should become available in just over 3 years. The World Health Organization (WHO) has already taken the unusual step of indicating that it could recommend this first malaria vaccine for use in some African countries as early as 2015, depending on the full phase 3 trial results that will become available in 2014.

No Brasil, o Instituto e a Fundação Oswaldo Cruz também desenvolvem uma vacina contra a Malária, o objetivo dos pesquisadores é chegar a uma vacina que protegeria ao mesmo tempo contra a malária e a febre amarela. Em abril de 2012, foi anunciado que a vacina está em fase de teste em animais. Veja um trecho de uma entrevista dada ao site Brasil.gov.br:

“Passada essa fase (testes em animais), a ideia é entrar em ensaios clínicos”, disse o chefe do Laboratório de Pesquisa em Malária do Instituto Oswaldo Cruz, Cláudio Ribeiro. Segundo ele, os testes clínicos serão efetuados com voluntários, visando a verificar a inocuidade, ou seja, se a substância que vai ser injetada não faz mal a quem a recebe. Em seguida, os pesquisadores observam se há uma resposta imunológica do paciente e se essa resposta é forte o suficiente para proteger o indivíduo da infecção. “Aí, estaremos prontos para fazer ensaios em populações”.

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Comentários

Bianca: Sou estudante do 6º ano de Medicina na Faculdade de Medicina da USP, blogueira desde 2012 quando fazia Cursinho pré-vestibular. Também participo do Vlog Mediários, um canal do You tube!

Ver comentários (6)

    • Sim:
      "O protozoário é transmitido ao homem pelo sangue, geralmente através da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium ou, mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada em contato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (consumidores de drogas), transfusão de sangue ou até mesmo de mãe para feto, na gravidez."

    • Olá, Liriane! Nossa, não sei isso com certeza, mas acredito que enquanto estiver fazendo tratamento não deve ingerir alcool por conta de efeitos da droga e interação no fígado. Mas acho melhor você confirmar com o médico que está te tratando =)

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