Diário de um Estudante de Medicina Bianca

Resumo do 7º Semestre – Quarto Ano da Faculdade de Medicina da USP

Olá, queridos leitores!

Após um tempo sem escrever sobre meu curso, hoje vou contar como foi mais um semestre aqui na faculdade de Medicina da USP. Como vocês sabem, agora em 2016 estou cursando o quarto ano de Medicina. Acabei de concluir o 7º semestre (são 12 semestres no total) e foi um período incrível para mim – cresci muito tanto por conta das aulas que tive e quanto pelas atividades extras que participei!

Diário de Uma Estudante de Medicina

Diário de Uma Estudante de Medicina

E vamos às Matérias que tive no 7º Semestre

1) Moléstias Infecciosas (MI): acho que contei um pouco sobre essa matéria num post “Diário” que fiz neste ano, para quem não leu essa é uma das matérias mais terríveis da faculdade! Desde que entramos no curso, nossos veteranos nos assustam, falam que é muito difícil de tirar nota e passar etc.. E enfim chegou a minha vez de enfrentar tal obstáculo haha e no final deu tudo certo, tive diversas matérias dentro desse grande bloco de Moléstias Infecciosas (Imunologia, Microbiologia, Parasitologia, Epidemiologia, Clínica, Patologia).

Foram mais ou menos 2 meses e meio de aulas super intensas, das 8h as 18h e de segunda a sexta vendo a mesma matéria, mas o resultado foi que aprendi muito. Mesmo vendo poucos pacientes e ficando mais em sala de aula, os conteúdos foram passados de uma boa maneira e cobrados bem mais intensamente, o que fez com que todos estudássemos o máximo.

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Depois desse bloco MI, veio o bloco de PPONGS no qual tivemos as matérias que vou explicar mais abaixo. Nessa segunda parte do 7º Semestre, tivemos aulas mais espaçadas e demorou para termos provas, elas só ocorreram no final do semestre mesmo. Por isso, minha rotina ficou menos pesada e cansativa, mas acumulei muitas matérias para estudar só bem antes da prova…

2) Pediatria – poucas aulas teóricas, umas quatro mais ou menos, e depois tive somente aulas práticas no Hospital Universitário da USP (que fica lá na Cidade Universitária). Nessas aulas práticas, nós atendíamos bebês recém-nascidos até 2 ou 3 meses de idade.. Foi uma das atividades práticas mais fofas da minha vida haha porque os bebês são umas gracinhas, aprendemos a examinar tudo o que é essencial nessa idade. É bem difícil fazer o exame total porque os bebês são bem frágeis e choram bastante – principalmente se você demora demais no exame, pela sua inexperiência, e os tadinhos começam a passar frio. Gostei bastante da matéria e a prova foi bem coerente com o que tínhamos em aula, o que me deixou feliz. 

3) Obstetrícia – Para mim foi a melhor matéria desse bloco, super organizada e com uma boa proporção de aulas teóricas e práticas em pequenos grupos. Como eu participo da Liga do pré-natal já cheguei com uma boa bagagem para as aulas, foi bem produtivo e todos os professores foram bem engajados em nos ensinar o essencial sobre acompanhamento da gestante, parto e puerpério (período pós-parto). Tivemos uma prova teórica bem difícil e uma prova prática em laboratório de habilidades, com manequins e bonecos, foi interessante e eles cobraram os conteúdos discutidos mesmo.

Ginecologia e Obstetrícia na Faculdade de Medicina

Ginecologia e Obstetrícia na Faculdade de Medicina

4) Ginecologia – Seguiu o mesmo esquema de obstetrícia, com aulas teóricas e aulas práticas todas as semanas, revisamos muitos temas que já tínhamos tido contato em propedêutica ginecológica do 3º ano. Em termos de conteúdo, foi mais revisão e alguns poucos pontos mais aprofundados, mas em compensação tivemos a parte prática com pacientes. Na prática aprendemos a fazer anamnese (tirar uma boa história da queixa da paciente e já ir investigando possíveis hipóteses diagnósticas), além de aprender os detalhes do exame físico ginecológico (mamas, genitais, colhemos papanicoulau etc). Meu pequeno grupo era de apenas 3 alunos, o que facilitou o contato com a paciente, depois nossa professora – que dá aula em cursinho para prova de Residência – nos presenteou com o livro dela de Ginecologia =D Foi bem legal e eu só estudei por ele para as provas.

5) Neurologia – Neuro é sempre assustador, desde o começo da faculdade as pessoas tem dificuldade de aprender os temas – é complexo e as aulas não ajudam tanto. Essa é a quarta vez que temos neurologia na faculdade, no 3º ano foi o melhor curso até agora, então dessa vez os temas foram mais claros e paupáveis. Tivemos mais casos clínicos e nem tanto parte de anatomia/fisiologia, então foi mais atraente para nós alunos. O esquema das aulas foi uma parte teórica, depois aula prática e depois voltava para discussão de casos clínicos – tudo em uma manhã haha então era bem correria. A prova aconteceu num sábado de manhã e foi a última de todas…

6) Psiquiatria – Tivemos um segundo contato com psiquiatria, dessa vez mais aprofundado e com encontro com pacientes. Tivemos uma introdução de umas 3 semanas só de aulas teóricas e depois ficou até o fim do semestre tendo aulas práticas com pacientes. Foi muito bom para ter esse contato, porque mesmo não seguindo para essa área posteriormente todo o médico deve saber abordar minimamente as questões psiquiátricas e encaminhar para serviço especializado aqueles que precisam. Em partes, foi mais difícil esse contato com histórias tão tristes e pesadas da psiquiatria, mas aprendi muito mesmo.

7) Imagenologia Médica – foi uma matéria mais curta, revisamos os principais tipos de exames de imagem (Raio X, Ultrassom, Tomografia e Ressonância) e suas indicações. Vimos isso para cada segmento corpóreo, Imagenologia Neurológica, do Tórax, do Abdomen, Genital/urinário e Músculo esquelético. A prova foi meio difícil, mas a cada aula tínhamos uma lista de exercícios que ajudou a compor a média final.

8 ) Medicina e Sexualidade – foi outra matéria bem curta, tive poucas aulas e depois uma prova bem tranquila. Os temas abordados foram: disfunção sexual feminina e masculina (disfunção erétil, ejaculação precoce, dor no ato sexual etc), além de uma tentativa de discussão sobre transexualidade, mas que não foi bem sucedida.

Atividades Extras

Além da Graduação, que já toma grande parte do meu tempo, eu participei de atividades extracurriculares. Elas são sempre super legais e complementam a formação médica incrivelmente.

  • Liga do Pré-Natal: comecei a atender na liga desde o final de janeiro, foi onde aprende muito de Obstetrícia – como deve ser a entrevista com uma gestante, tudo o que é essencial de ser perguntado e investigado por exames complementares etc. No início eu tinha muita dificuldade, mas depois fui me ambientando e agora me sinto confortável nos atendimentos. Queria ter uma vivência prática mais intensa nessa área que estou pensando em seguir, por isso escolhi essa liga. Nela posso ver muito de Ginecologia, além da Obstetrícia em si (que envolve mais o desenvolvimento do feto e evolução da gestação), sempre temos queixas gerais ginecológicas e outras queixas extra sistema reprodutor. Durante essas atividades, pude acompanhar exames de ultrassom obstétrico, achei lindo demais e mal posso esperar para estar atuando na área.
  • Grupo de Leitura: Eu, minha amiga Ana e meu namorado, Fabio Yuji, resolvemos organizar um grupo de leitura na faculdade. Procuramos um professor responsável pela área de Humanização na Medicina e ele aceitou liderar o projeto em parceria conosco. Começamos a nos reunir quinzenalmente para discutir as leituras previamente estabelecidas, a princípio começamos com o Livro "A morte de Ivan Ilitch" (sobre o qual já postei aqui no Blog) porque nele encontramos muitas questões e conceitos essenciais da prática médica humanizada e que estavam expressos muito mais vivamente do que o exposto em aulas. Discutimos mais do que questões médicas nas artes, mas também vida e morte, religião, medo, valores da sociedade, filosofia e muito mais, foi uma experiencia incrível e que vamos continuar participando enquanto conseguirmos. 
  • Iniciação Científica: continuo em minha pesquisa com Leiomiomas e Leiomiossarcomas uterinos, estou estudando uma via de sinalização celular que está envolvida em muitos cânceres e vou testar um medicamento que interfere nessa via. Para isso, vou fazer cultura de células e testes com aplicação do remédio, porém ainda não iniciei essa parte prática da pesquisa, estou mais estudando e acompanhando outros pesquisadores do laboratório de Ginecologia. Toda semana temos reunião (nosso Lab Meeting), quando discutimos artigos científicos e fazemos um update dos trabalhos em andamento no laboratório. Estou gostando muito dessa oportunidade, ainda mais que meu projeto foi aprovado para patrocínio pela FAPESP, então recebo uma bolsa auxílio individual e uma verba para comprar os materiais necessários da pesquisa.

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  • Também participei de alguns eventos nesse semestre, dentre eles a Jornada de Ginecologia e Obstetrícia da FMUSP, algumas aulas e discussões da Liga de Telemedicina (a maioria foi sobre Saúde da Mulher) e participei da Visita Monitorada à Faculdade de Medicina da USP.

Vlog Mediários

Separei um tópico exclusivo para o Canal do Youtube porque está sendo algo incrível para mim, quando comecei o projeto com o Fabio, meu namorado e companheiro de tudo, não imaginava que o crescimento seria tão rápido! Agora no final de junho já estamos com mais ou menos 13.600 inscritos e um ótimo alcance nos vídeos. Essa foi uma nova plataforma para interagir com vocês interessados na área médica – vestibulandos, estudantes de faculdade etc – e ajudar a tirar dúvidas sobre todo o processo e poder ajudar de alguma maneira é motivador! 

Quem não conhece o Vlog, acesse lá que está bem legal! Sempre fui a pessoa mais tímida ever, tanto que nem colocava fotos pessoais nos posts e nas descrições do ABC da Medicina, mas estou vencendo a timidez e estou super empolgada com os vídeos!! Coloquei aqui o link de um dos vídeos que mais amei fazer para o Canal Mediários:

Espero que tenham gostado do meu Resumo clássico de final de semestre e das novas atividades extras que participei, esse período foi muito especial para mim e posso dizer que aprendi mais do que em qualquer outra época!

Deixem seus comentários aqui no Blog e também sugestões de postagens.. Beijos e até a proxima!

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Sobre o autor | Website

Sou estudante do 6º ano de Medicina na Faculdade de Medicina da USP, blogueira desde 2012 quando fazia Cursinho pré-vestibular. Também participo do Vlog Mediários, um canal do You tube!

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5 Comentários

  1. Rodrigo Scavuzzi disse:

    Olá Bianca, tudo bem?

    Estava esperando muito o seu relato sobre essa parte da medicina, mais especificadamente a PPONGS, sobre Psiquiatria. Há um tempo, estava considerando ser psicólogo, pois estava vendo muitas coisas desanimadoras sobre psiquiatria. Na realidade, achei haver mais preconceito com essa especialidade que com a profissão psicólogo propriamente dita, pois têm-se a imagem daquele profissional que passa SOMENTE com consultas de 15-20 minutos com os pacientes, mal conversa com os mesmos e já prescreve medicamentos. Eu simplesmente não me via e não me vejo aderindo a este perfil.

    Fui pesquisar mais sobre isso, e descobri que existem sim psiquiatras que se interessam por estudar mais sobre o comportamento humano, depois da residência médica, se especializando em algum tipo de terapia,mesmo sendo raridade, mesmo não sendo "economicamente viável" posto que eles conseguem ganhar mais atendendo mais pacientes em menos tempo, e que vários planos de saúde, companhias de seguro limitam o tempo de atendimento, visando a isso, pelo que eu entendi. Isso me preocupa muito, o que as vezes me faz ficar com um pé atrás na medicina, pois a mente humana é muito complexa, para sair fornecendo pílulas logo de cara, sem analisar a pessoa como um todo, os seus hábitos, o dia a dia, etc.

    Penso em usar medicamentos somente QUANDO NECESSÁRIO, como ÚLTIMO RECURSO, e poder ajudar o quanto puder com terapia, com formação adicional.  Existem entre 9 e 10 mil psiquiatras no país, sendo essa área uma das que mais está encontrando dificuldade para preenchimento de vagas em residências. (Tá vendo, fiz minha pesquisa, hahaha). Consequentemente, a demanda pelos mesmos tem se mantido em alta nos últimos tempos. Interessei-me por medicina, pois também me via estudando sobre outras coisas, tipo anatomia, essa parte sobre sexualidade, estrutura muscular, dentre outros assuntos. Ajudar o ser humano em POTENCIAL, não somente no aspecto terapeutico. Ademais, descobri que o psiquiatra não depende muito de convênios, consegue mais flexibilidade, possibilitando maior remuneração, autonomia para determinar o quanto ele quer investir em terapia na prática privada, abrindo uma clínica. Como você já está no sétimo semestre, gostaria de saber se o que eu pretendo fazer é uma boa ideia dentro da medicina. Quando pesquiso no youtube sobre psiquiatria, a maioria das coisas é sobre hospício, sobre a ganância por parte do médico, de querer lucrar, etc. 

    Já assisti a alguns de seus vídeos e você disse que muitos estudantes estavam ansiosos para ter melhor contato com o paciente, apesar de entender a importância do ciclo básico. Então, soube que tem uma área  da medicina chamada de "medicina integrativa", que considera que a medicina farmacêutica não é a única forma de oferecer tratamento aos pacientes, ao fornecer outras práticas complementares, como meditação, fitoterapia, intervenções nutricionais, dentre outras. Tem até um site sobre isso: http://medintegrativa.com.br/medicina-integrativa/ 

    Estou pensando em fazer residência em psiquiatria, me aprofundar em uma formação analítica, e depois uma pós nessa área (medicina integrativa), mais especificadamente nos EUA, onde tem cursos mais aprofundados. Tem alguma liga relacionada a isso (med-int.)? Percebi que é uma área muito nova na atualidade, mais encontrada no exterior. Um médico da UFRJ foi para lá, estudar sobre isso. Ele é médico infectologista, tem uma entrevista breve com ele, que é bem interessante: http://www.onehealthmag.com.br/index.php/medico-de-corpo-e-alma/

    Dessa forma, seria uma possibilidade de eu focar mais nas relações médico-paciente, tratando a pessoa como um todo (mente-corpo-espírito), com os conhecimentos sobre o corpo (medicina) + mente (psiquiatria) + espírito (medicina integrativa + formação analítica) .  Pretendo fazer palestras sobre temas como Saúde Global, focando na DEPRESSÃO e ESTRESSE. Inspiro-me muito no médico psiquiatra, psicoterapeuta e escritor Augusto Cury, que é uma pessoa apaixonada pela humanidade, dedica a vida a estudar sobre o funcionamento da mente, sendo pesquisador na área de qualidade de vida e desenvolvimento da inteligência, abordando a natureza, construção e dinâmica da emoção e dos pensamentos. 

    Sei que penso muito para quem nem na faculdade está. Muitos falam isso, mas como eu considerava antes estudar psicologia, pensei em estudar as possibilidades, pois tem muito da medicina que me atrai. Desde então, tenho pesquisado a fundo sobre a profissão médico. Procuro manter a minha mente aberta para outras áreas, mas a minha paixão, sempre foi desde pequeno, a mente humana, daí pensei que tendo algo em mente talvez não seja tão ruim assim, ou melhor, até uma boa ideia. 

    A área médica realmente permite ter essa flexibilidade? A psiquiatria parece ser uma especialidade mais tranquila que outras no quesito carga horária de trabalhos, apesar de estar entre as especialidades "mais tristes", daí pensei que daria mais espaço para investir em outras formas de tratamento. 

    Já ouvi falar sobre atividades, matérias extracurriculares também aí pela USP. Eu posso, por exemplo, investir em matérias de cursos diferentes, por exemplo, sobre psicologia, pensando na psiquiatria, ou elas estão só restritas à medicina? 

    É comum alguém conseguir fazer residência fora do país, com a revalidação de diploma médico, através dos convênios da faculdade, ou somente cursos de pós-graduação? Já encontrei informações de pessoas que já fizeram estágios no exterior, mas nunca sobre residência propriamente dita… Tem um caso de um menino (http://www.paraguacity.com/?b=29226) que conseguiu o estágio, estava pensando em clinicar nos EUA, mas pelo jeito deixou a ideia de lado. 

    Desculpa pelo texto longo. Depois dessa pseudo-dissertação argumentativa , rsrs, gostaria muito de saber o que você pensa sobre os assuntos, em especial às informações em negrito. O seu site me ajuda muito, assim como o canal vlog-mediários! 

     

    • Bianca disse:

      Olá Rodrigo, tudo bem? Primeiramente muito obrigada por comentar aqui no Blog e por acompanhar meus trabalhos, fico feliz em estar ajudando!! 

      Sobre suas dúvidas, eu acho incrível que você tenha uma visão tão holística do tratamento e abordagem terapeutica dos pacientes, especialmente em saúde mental isso é algo fundamental!! Entender o indivíduo como um todo e buscar formas não apenas medicamentosas é algo valioso na medicina. Acho, portante, que você está se encaminhando bem e se fizer tudo com dedicação poderá sem dúvidas conquistar esses seus objetivos. 

      Uma coisa que você citou foi o conflito boa-prática e atendimentos em convenios, isso realmente ocorre e os profissionais que não desejem trabalhar assim podem buscar outras formas de atuação, claro que com um retorno não tão rápido, porém se for um atendimento de qualidade o retorno virá sim! A área de atuação em medicina é tão ampla que vai haver espaço para profissionais com ideias bem fundadas, formação adequada e motivação como as que você está demonstrando, fique tranquilo! 

      Aqui na FMUSP não temos tanto contato com essa parte de Medicina Integrativa, que evita medicações e vai mais para a terapeutica, os nossos professores reconhecem e apoiam uma boa combinação entre medicação e abordagens psicologicas, de reabilitação e terapias. Posso dizer que a prática assistencial com os pacientes psiquiátricos é muito boa aqui no nosso hospital por tudo o que vivenciei! Hoje em dia a ideia do Hospício e de intituições de internação semelhantes é cada vez mais combatida, eu vejo isso aqui na faculdade. Claro que não conheço a realidade de todos os centros do país, mas sinto que a formação dos novos médicos está sendo cada vez melhor nesse sentido. Quanto as matérias optativas, há algumas que focam na parte psicologica sim, como a “O médico frente à morte” e uma de “Psicanálise e Interpretação dos sonhos”, além dessas os alunos da USP podem fazer optativas em outros intitutos da Universidade como o de Letras, Filosofia e Psicologia.

      Já sobre a residência nos EUA: não dá para entrar em uma especialização pelos convênios da faculdade mesmo, eles são destinados a estágios ou cursos curtos. Para fazer residência lá é preciso fazer provas especificas para ingresso como o USMLE, dê uma pesquisada melhor sobre isso que é algo que você tem que fazer por conta própria mesmo… 

      Bom, por fim queria dizer que a Psiquiatria é uma área linda e que precisa de profissionais empolgados com o tema como você, é menos intensa em termos de carga horária, porém  muito mais pesada em termos emocionais, sem dúvidas. Espero ter respondido a maioria das suas dúvidas, mas qualquer coisa pode me reescrever (demoro, mas respondo haha)!!

      Grande abraço

  2. Rodrigo Scavuzzi disse:

    Muito obrigado pelo feedback, Bianca! Nas minhas pesquisas, tinha encontrado nas minhas pesquisas uma médica psiquiatra que faz exatamente TUDO o que me imagino fazendo. O nome dela é Goksin Ozkarahan (esse nome mesmo, hahaha) Ela se formou em medicina na faculdade de New York, nos EUA, fez um treinamento adicional em Psicoterapia Psicodinâmica no Centro da Universidade de Columbia para treinamentos e pesquisas psicanalíticas.

    Com uma abordagem interativa na psicoterapia, ela consegue integrar a prescrição de medicamentos somente quando necessário. Ela tem um grande interesse pelos benefícios para a saúde mental causados pela prática de exercícios físicos, considerando que ela conseguiu obter qualificações adicionais, como ser uma Personal Trainer, Especialista em Nutrição Fitness, e Especialista em Mudança de Comportamentos, todas as 3 através de uma das organizações de Personal Training mais respeitadas lá nos EUA, a NASM (National Academy of Sports Medicine).

    Desse modo, com essas abordagens, ela consegue promover consideravelmente a qualidade de vida de seus pacientes.  Ela consegue explorar sobre desafios comportamentais como motivação, priorização de exercícios físicos, modificação de dietas alimentares. Enquanto a colaboração com outros profissionais psicoterapeutas é bem vinda, ela é capaz de administrar todos esses serviços sendo uma única "profissional clínica". Seria o meu sonho fazer isso…

     Essas outras qualificações por quais ela procurou provavelmente não tem por aqui na mesma qualidade. Como disse antes (no meu primeiro comentário), estou disposto a fazer cursos fora do país depois. Ainda tive a oportunidade de ver os comentários dos pacientes no site dela, e muitos a elogiaram demais. Uma, em particular, disse que ela é uma fonte de informações considerando assuntos fitness, dietas, além de ser uma expert em encontrar o medicamento adequado para os seus pacientes. Ela é uma ouvinte incrível, e fornece excelentes conselhos. Resumidamente, ela trata do paciente como um todo, focando na saude mental, bem-estar. Tudo isso foi uma paciente que falou, e resume muitos dos comentários que tinha visto. Por ser algo tão distante de mim, no que se refere a anos ( 6 anos de medicina, 3 de residência…), as vezes acho que é uma ilusão, considerando, principalmente, a situação da saúde pública no país agora. Vou tentanto me apegar a exemplos como o dela, e seguir esse caminho.

    Certamente, as qualidades que foram tanto destacadas sobre ela nas avaliações dos pacientes (paciente, ouvinte, organizada, simpática, amigável) não são propriamente ensinadas nas faculdades. Isso diz muito sobre a pessoa, individualmente, sobre o que ela é, essa singularidade, inspiração que permite alguém fazer algo diferente. Pretendo trazer esse tipo de abordagem para o Brasil… Definitivamente, irei procurar pesquisar mais sobre isso futuramente. Fiquei muito animado com as mudanças curriculares que estão havendo na USP PINHEIROS, em medicina, em especial no aspecto humanização da medicina, intercâmbios, e principalmente sobre o projeto FMUSP 2020. Espero que essas ideias minhas consigam ter espaço por aí algum dia. Certamente serei orientado por profissionais na faculdade, professores que saberão me indicar o melhor a ser feito.

    Muito obrigado pela atenção e pela ajuda! 😉

    • Bianca disse:

      Muito incrível essa sua pesquisa, vou procurar saber mais sobre essa profissional!! Como disse, eu aposto que seguir nesse caminho te trará todo o sucesso como bom médico e como um promotor de uma saúde e qualidade de vida em seus futuros pacientes =) Não pense que é ilusão, a jornada e o tempo até atingir o objetivo podem ser longos, mas os resultados farão toda a caminhada valer a pena!

      Grande abraço e obrigada por compartilhar essa experiência e conhecimento aqui no Blog! 

  3. Emanuel disse:

    Olá Bianca!
    Estou interessado em cursar medicina e eu queria saber quais materiais, livros, etc. você usou do primeiro semestre até hoje.
    Sei que para você pode ser um pouco díficil fazer essa lista, mas se possivel você poderia mandar no meu email?
    Obrigado e Parabéns pelo blog!
    Emanuel

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