Literatura e Arte Bianca
A Culpa é das Estrelas, John Green – Resenha, Frases e Comentários
A Culpa é das Estrelas é sem dúvida um dos melhores livros que eu já li até o momento, não que eu tenha lido muitos, mas esse… é muito especial… A escrita de John Green é real e tocante, não banaliza a ideia da criança com câncer, muito pelo contrário, no livro é contada a história de adolescentes normais que como efeito colateral da vida têm câncer… a doença é um ponto marcante na história das personagens, mas não a essência delas…
Eu li a versão em inglês, The Fault in Our Stars, e me apaixonei… O livro é romântico, mas ultrapassa essa classificação, é engraçado e triste em muitos momentos, leve, filosófico – com dilemas humanos universais, é um livro que te faz refletir bastante… te faz pensar no modo como enxerga a vida, em como pequenos detalhes podem faze-la valer a pena, em como podemos viver um Infinito em dias numerados (parafraseando um trecho da obra rsrs).
Breve Resenha e Comentários… A Culpa é das Estrelas….
The Fault in Our Stars é narrado por Hazel Grace, uma adolescente de 16 anos com câncer de tiroide (metastático para os pulmões) em estágio avançado. Ela faz uso de medicamentos experimentais e precisa de um tanque de oxigênio (que ela chama de Philip) para respirar.
Por insistência de seus pais ela participa de um Grupo de Suporte, num salão de uma Igreja, em que crianças e adolescentes com vários estágios de câncer se reúnem… Num desses encontros, Hazel vai conhecer seu grande amor, Augustus Waters – de 17 anos que teve parte de uma perna amputada, devido a um Osteosarcoma – que é amigo de Isaac (outro jovem do grupo, colega de Hazel, cujo câncer atingiu os olhos)… A vida dos três irá se conectar numa amizade sincera e profunda (sério, me emocionei a cada página do livro)
Hazel e Augustus são adolescentes perspicazes, inteligentes que vão juntos discutir e descobrir seus medos, objetivos, ideias, experiências… vão compartilhar livros, filmes, músicas… momentos felizes e momentos difíceis… Um dos pontos de conexão importante entre eles será um livro que Hazel aprecia – An Imperial Affliction – que conta a história de Anna, uma menina com câncer, as citações e o desfecho de tal livro vão levar Hazel e Gus a uma bela aventura…
Frases e Trechos Marcantes, Engraçados, Românticos (…) de The Fault in Our Stars…
Não vou contar os detalhes do livro, o que acontece em cada capítulo (não gosto muito disso rsrs), mas selecionei alguns trechos marcantes, belos e reflexivos de A Culpa é das Estrelas para discutir alguns pontos que eu apreciei na leitura…
“But, in fact, depression is not a side effect of cancer. Depression is a side effect of dying. (Cancer is also a side effect of dying. Almost everything is, really.)”
“There will come a time when all of us are dead. All of us. There will come a time when there are no human beings remaining to remember that anyone ever existed or that our species ever did anything. There will be no left to remember Aristotle or Cleopatra, let alone you. Everything that we did and built and wrote and thought and discovered will be forgotten and all of this will have been for naught. Maybe that time is coming soon and maybe it is millions of years away, but even if we survive the collapse of our sun, we will not survive forever. There was time before organisms experienced consciousness, and there will be time after. And if the inevitability of human oblivion worries you, I encourage you to ignore it. God knows that’s what everyone else does.”
“It’s hard as hell to hold on to your dignity when the risen sun is too bright in your eyes, and that’s what I was thinking about as we hunted for bad guys through the ruins of a city that didn’t exist.” (Hazel)
Nesses trechos, a ideia da morte é mostrada de maneira bem lúcida e verdadeira… É difícil enxergar dilemas como a proximidade morte, a depressão, o medo de ser esquecido etc quando não se tem um diagnóstico, ao ler o livro você entra em contato com esses dilemas e é impossível não refletir sobre eles. Para muitas pessoas com câncer, um diagnóstico pode significar o inicio da ‘morte’ ou deixar essa ideia mais real do que para os outros…
“It’a a metaphor, see: You put the killing thing right between your teeth, but you don’t give it the power to do its killing.”
Essa metáfora que Augusto faz logo no começo do livro é incrível, mostra uma ideologia de força interior, de como cada um pode estar no controle de si mesmo numa situação de conflito, dificuldade…
“Look, let me just say it: He was hot. A nonhot boy stares at you relentlessly and it is, at best, awkward and, at worst, a form of assault. But a hot boy … well.”
“I liked Augustus Waters. I really, really, really liked him. I liked the way his story ended with someone else. Iliked his voice. I liked that hi took existentially fraught free throws. I liked that he was a tenured professor in the Departament of Slightly Crooked Smiles with a dual appointment in the Department of Having a Voice That Made My Skin Fell More Like Skin.”
Eu gostei muito da relação entre Hazel e Gus, de como o amor entre eles foi espontâneo e divertido… e as descrições dos sentimentos de Hazel (que eu coloquei acima) são simples, mas profundas.
” ‘Always’ was a promise! How can you just break the promise ? (Isaac)
Sometimes people don’t understand the promises the’re making when they make them. (Hazel)
Right, of course. But you keep the promise anyway. That’s what love is. Love is keeping the promise anyway. (Isaac)”
Uma das partes românticas que eu mais gostei foi o trecho abaixo, é simples também, mas são nos detalhes que estão as maiores belezas, demonstrações de afeto e amizade…
“I almost felt like he was there in my room with me, but in a way it was better, like I was not in my room and he was not in his room, but instead we were together in some invisible and tenuous third space that could only be visited on the phone.”
Em um momento da história, Hazel se compara a uma Granada porque ela pensa que quando morrer vai causar muito sofrimento para sua família, ela se entende como um fardo… Depois, há uma bela e humorada declaração de amor de seu pai (que é de emocionar rsrs)…
“I’m like. Like. I’m like a grenade, Mom. I’m a grenade and at some point I’m going to blow up and I would like to mnimize the casualties.” “I’m a grenade, I just want to stay away from people and read books and think and be with you guys because there’s nothing I can do about hurting you; you are too invested (…) I’m not depressed. I don’t need to get out more. And I can’t be a regular teenager, because I’m a grenade.”
“I was the alpha and the omega of my parents’ suffering.” (Hazel) (…)
“You are not a grenade, not to us. Thinking about you dying makes us sad, Hazel, but you are not a grenade. You are amazing. You can’t know, sweetie, because you’ve never had a baby become a brilliant young reader with a side interest in horrible television shows, but the joy you bring us is so much greater than the sadness we feel about your illness.”
“We made the story funny. You have a choice in this world, I believe, about how to tell sad stories, and we made the funny choice.”
“What am I at war with? And what is my cancer? My cancer is me. The tumors are made of me. They’re made of me as surely as my brain and my heart are made of me. It is a civil war, Hazel Grace, with a predetermined winner.” (Gus)
“People talk about the courage of cancer patients, and I do not deny that courage. I had been poked and stabbed and poisoned for years, and still I trod on. But make no mistake: In that moment, I would have been very, very happy to die.” (Hazel)
Outro ponto que eu considerei brilhante foi o fato de os próprios personagens, ao longo do romance, irem desmistificando a figura das crianças com câncer e outros doentes como heróis, lutadores ou pessoas excepcionalmente fortes… Em outros momentos Hazel e Augustus se denominam efeitos colaterais da evolução (ter câncer é uma efeito colateral da vida que atinge algumas pessoas)…
“I believe th universe wants to be noticed. I think the universe is improbably biased toward consciouness, that it rewards intelligence in part because the universe enjoys its elegance being observed. And who am I, living in the middle of history, to tell the universe that it – or my observation of it – is temporaly?” (Augustus)
E para finalizar, eu vou colocar uns trechos dos discursos feitos num “pré-funeral” que tanto me emocionaram e são sem dúvida inteligentes, líricos, engraçados…
“There are infinite numbers between 0 and 1. There’s .1 and .12 and .112 and an infinite collection of others. Of course, there is a bigger infinite set of numbers between 0 and 2, or between 0 and a million. Some infinities are bigger than other infinities. A writer we used to like taught us that.
There are days, many of them, when I resent the size of my unbounded set. I want more numbers than I’m likely to get, and God, I want more numbers for Augustus Waters than he got. But, Gus, my love, I cannot tell you how thankful I am for our little infinity. I wouldn’t trade it for the world. You gave me a forever within the numbered days, and I’m grateful.” (Hazel)
“Augustus Waters was a self-aggrandizing bastard. But we forgive him. We forgive him not because he had a heart as figuratively good as his literal one sucked, or because he knew more about how to hold a cigarette than any nonsmoker in history, or because he got eighteen years when he should’ve gotten more.’ ‘Seventeen,’ Gus corrected.
‘I’m assuming you’ve got some time, you interupting bastard. ‘I’m telling you,’ Isaac continued, ‘Augustus Waters talked so much that he’d interupt you at his own funeral. And he was pretentious: Sweet Jesus Christ, that kid never took a piss without pondering the abundant metaphorical resonances of human waste production. And he was vain: I do not believe I have ever met a more physically attractive person who was more acutely aware of his own physical attractiveness.
‘But I will say this: When the scientists of the future show up at my house with robot eyes and they tell me to try them on, I will tell the scientists to screw off, because I do not want to see a world without him.’ I was kind of crying by then.” (Isaac)
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🙂 parabéns pelo blog…
só descobri ele hj, fazer oque né heheheh
dei uma olhada por cima e vi que vc parou de postar nele 🙁
sei que seu tempo anda corrido mas …. VOU FICAR POSTANDO COMENTÁRIOS e te enchendo o saco ATÉ vc voltar a escrever aqui kkkk
pq o que é bom merece BIS hahahaha
bjs
Hahaha obrigada … Realmente esse final de semestre esta corrido, mas depois desse comentário me animei… Vou tentar postar pelo menos um essa semana haha 😉
opa vc viu meu comentário hahahahah 🙂
já que é assim, vou continuar postando comentários pra te animar ainda mais hehe